VOCÊ SÓ VAI ME QUERER QUANDO EU ESTIVER LINDO?



Foi com a foto acima e o apelo do texto que descrevia a situação do cão, que até então se chamava Guilherme, que a história do nosso mascote começou. 
Ele foi resgatado em 9 de julho de 2012, na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), por voluntários do projeto Patas Dadas, que é uma Associação sem fins lucrativos criada em 2009 por um grupo de estudantes da universidade. Ele foi levado para atendimento veterinário e constatado com DAPP (Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas), uma doença sem cura, mas que pode ser controlada facilmente, desde que o animal fique isento de pulgas e tome banhos frequentes, pelo menos uma vez por semana.

Fotos do álbum para adoção Patas Dadas (julho 2012)
Fotos do álbum para adoção Patas Dadas (julho 2012)

Mas você deve estar se perguntando, o que nos levou a adotar um cão adulto e que precisava de todos estes cuidados? Bom, primeiramente o nome dele, GUILHERME! Sim, me chamo Guilherme e quando vi aquela foto, perguntando "VOCÊ SÓ VAI ME QUERER QUANDO EU ESTIVER LINDO?", foi como se eu estivesse no lugar dele. Senti toda a aflição, todo o medo que aquele cão estava sentindo. Eu não enxergava um cão feio e maltratado, eu enxergava um amigo que queria ser cuidado, que queria ter amor e carinho, que poderia ser o cão mais lindo do mundo, mas passava uma tristeza de apertar o coração.

Fotos do álbum para adoção Patas Dadas (julho 2012)

Foi então, após ler o anúncio na Internet, que liguei para minha esposa e contei a história com todos os detalhes. Ela, na mesma hora, disse que sim, que deveríamos adotar o então cão Guilherme. Entrei em contato com a Patas Dadas e perguntei como poderia adotá-lo. Apenas fiz um pedido, que o cão fosse castrado pois eu tinha duas cachorrinhas(também adotadas) e queria fazer uma adoção responsável. Perguntei se ele era brabo e se adaptaria a elas, pois tinha medo que ele fosse agressivo, por conta de sua cara de poucos amigos. A menina me disse que ele era muito manso e que isto não seria problema. 

Fotos do álbum para adoção Patas Dadas (julho 2012)

Depois de alguns dias fui buscá-lo em Porto Alegre, pois moro em Canoas, cidade da região metropolitana da capital. Ao chegar na casa de passagem em que ele estava, vi o Guilherme sendo trazido preso por uma guia e coleira, quase arrastando o seu até então tutor provisório. Pensei para mim: "O que estou fazendo? Ele é grande! Parece brabo!". Mas não, aquela cara fechada não passava de fachada, na verdade, ele era um poço de meiguice.

A caminho da Pet Shop (indo tomar banho para o grande encontro)

Fui sozinho, de carro, e não preciso dizer que foi uma Odisseia trazê-lo no trajeto de aproximadamente 15 km até em casa. Mas ao mesmo tempo me sentia com uma alegria que não podia descrever. Eu podia ver nele, mesmo com aquele olhar triste, que no fundo havia o cão mais alegre e bonito do mundo, mas que estava sofrendo por conta da falta de amor durante todo este tempo antes de ser recolhido.
Desde sua adoção em 2012, ele passou por muitos tratamentos, alguns leves e outros mais intensos, mas nunca desistimos dele. E aos poucos fomos vendo as mudanças físicas e de comportamento. No início um cão de poucas brincadeiras, com carinha de triste e com poucos pelos, mas que passou a correr e pular como um filhote e se tornou o cachorro mais lindo que podíamos ter.

Outubro 2016.  Foto: VG Photografia

Hiro com sua irmã Estrela.  Foto: VG Photografia

Hoje ele é nosso mascote, um de nossos garotos propaganda da NOSTRO PET, e de longe lembra aquele cão amedrontado e triste de quando o adotamos. Quando penso que poderia não ter visto aquele anúncio, ou simplesmente não ter dado importância, penso que o destino é algo que não tem explicação e que apenas devemos valorizar as oportunidades que temos de ajudar o próximo, mesmo quando o próximo é um ser tão puro e indefeso como um cãozinho.

Hiro, o mascote da NOSTRO PET (Abril 2017).  Foto: VG Photografia

Hiro 4 meses após a adoção (dezembro 2012).

E nesta história, que sempre me emociono quando lembro, só tivemos um problema, o NOME! Eu não poderia deixar o mesmo nome que o meu, seria muita confusão em casa. Imagine minha esposa chamando a mim e o cão vir correndo? Ou o contrário? É, seria complicado mesmo! 
Foi então que minha esposa Viviane teve a ideia de dar a ele um nome que simbolizasse toda a sua trajetória. Já que nos identificamos com a cultura oriental, mais especificamente a cultura japonesa, ela então o batizou de HIRO, que significa "grandioso" na língua japonesa.
Resolvi contar a história do HIRO para mostrar que as aparências nos enganam, nos confundem. Um cão que recebe amor, se torna feliz, vai se transformar de um jeito que nem imaginamos. E não falo somente de aparência física, não falo apenas do cão, pois o Hiro se transformou em um belo cachorro, mas falo também de como ele nos transformou enquanto seres-humanos e nos fez acreditar na mudança que vem de cada um de nós, que só depende do amor que temos para dar e de alguém para acreditar na nossa essência. Enxergar aquilo que apenas o coração pode nos mostrar.

Foto: VG Photografia


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Parceiro: VG PHOTOGRAFIA
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